Arquitetura & Longevidade – Capítulo 1: O Futuro É 60+!

Transformações que pedem novos espaços para viver

O mundo está envelhecendo e o aumento da expectativa de vida representa uma das maiores conquistas da humanidade, mas, ao mesmo tempo, traz desafios que exigem novas soluções sociais, culturais e arquitetônicas. Nos últimos anos, as taxas de natalidade diminuíram e o número de pessoas acima dos 60 anos cresceu de forma significativa. Esse novo público, ativo e exigente, quer continuar a viver de forma independente, participando da sociedade, consumindo, produzindo e buscando bem-estar. É o que podemos chamar de “envelhecimento ativo”, um conceito que valoriza a autonomia, o protagonismo e a integração social em todas as fases da vida.

Dentro desse cenário de transformação, surge a chamada “economia prateada”, um mercado em plena expansão que movimenta trilhões de dólares em todo o mundo e abrange produtos, serviços e soluções voltadas ao público 60+ tendo o setor de habitação como um dos mais impactados, afinal, os espaços onde vivemos influenciam diretamente nossa saúde física, emocional e social.

Mas a realidade ainda mostra que grande parte das residências brasileiras não está preparada para o processo natural de envelhecer. Escadas, desníveis, falta de iluminação adequada, ausência de barras de apoio e ambientes pouco funcionais tornam o dia a dia de muitos idosos mais difícil e inseguro.

É nesse contexto que a Geroarquitetura, campo de estudo que une arquitetura e gerontologia, ganha relevância com seu propósito de desenvolver ambientes que favoreçam o bem-estar, a autonomia e a segurança das pessoas ao longo do envelhecimento, prevenindo acidentes e promovendo qualidade de vida.

Para a TM2, projetar para o futuro é projetar para todas as idades. Por isso, desenvolvemos pesquisas e soluções que olham para o lar como um espaço de cuidado, conforto e pertencimento. Nossos projetos partem do princípio de que envelhecer não é perder liberdade, mas sim reinventá-la. Acreditamos também que o envelhecimento saudável começa em casa, pois é lá que se constroem as memórias, as rotinas e os vínculos afetivos que nos definem. Por isso, o conceito de aging in place, ou seja, “envelhecer em casa com segurança, independência e conforto”, tem guiado nossas reflexões, uma vez que propõe que as pessoas possam permanecer em seus lares o máximo possível, com independência e segurança, sem precisar romper com sua história e suas relações.

Mais do que adaptar ambientes, trata-se de criar espaços que evoluam junto com as pessoas, acompanhando suas mudanças físicas, cognitivas e emocionais ao longo do tempo, em ambientes que acolhem, inspiram e protegem.

Projetar para a longevidade é, acima de tudo, um ato de empatia e responsabilidade social e, para a TM2, é também um compromisso com um futuro que começa agora nas decisões que tomamos hoje sobre os espaços que habitamos.

Arquitetura & Longevidade – Capítulo 1: O Futuro É 60+!
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Sobre os autores

Adriana Lui

Autora

Sócia e diretora de interiores e corporativo da TM2. Master em Neuroarquitetura - IPOG e Pós-graduação em Sustentabilidade em Edificações – Mackenzie.

Fábio Mariano

Colaborador

Arquiteto e Gestor de Processos Criativos, Projetos Modulares e mais de 36 anos em experiências imersivas.

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